Antes de responder a esta questão com uma resposta do tipo “para ganhar dinheiro” ou “para ficar rico”, deixe-me dizer que essa não será a principal razão para investir pois, por si só, o dinheiro não vale nada...!
As pessoas investem para conquistar a liberdade financeira. Ou seja: as pessoas desejam chegar a um nível (ver pirâmide de Maslow) em que os rendimentos passivos, provenientes de bons investimentos, sejam capazes de manter um padrão de vida que não dependa do trabalho diário (emprego). Este facto tem a ver com a regra de ouro do capitalismo: mais dinheiro, mais liberdade para consumir aquilo que o mercado oferece!
Por outro lado; deseja-se passar mais tempo com a família e com os amigos, ao invés de se ter de fazer horas e horas e mais horas extraordinárias no(s) trabalho(s); de vender tempo por trabalho, por ordenado mínimo mais comissões…
Quer-se viajar pelo mundo fora, conhecer novas culturas, sem se estar preocupado com a reunião do dia seguinte, com o contrato que ainda não está fechado, com o objetivo imposto pelo sistema. No fundo, pretende-se, somente, viver, cultivar hábitos e hobbies saudáveis que encham e deem felicidade. Como estou a generalizar, não pretendo dizer que o trabalho não poderá dar felicidade.
Antes pelo contrário! Se se gostar do que se faz, ética e livremente, é uma forma de crescimento natural... O que estou a querer dizer é que é necessária uma estratégia para que não se tenha de estar 8 a 12 horas, por dia, em frente ao computador (revolução digital), a tentar ganhar um ordenado de mercado, como é regra de mercado. Para quem trabalha por conta de outrem, sem desdém, analisar gráficos em tempo real, ler balanços trimestrais, acompanhar todas as notícias sobre certas empresas, montar estratégias complexas com opções que precisam de monitorização periódica e muito mais, não pode ser tarefa diária, pois a rotina imposta já consome tempo e energia suficientes para deixar as pessoas cansadas e fartas das estratégicas de investimento tradicionais.
Por outro lado, informo que as estratégias tradicionais de investimentos não possuem, na maior parte das vezes, fatores de risco adequados, tirando o sono e a sanidade mental aos investidores em momentos de crise, sejam eles quais forem. Uma coisa é certa: quanto mais custos gerados, sem necessidade, pior.
É a regra de ouro da contabilidade básica: lucro = receitas – custos. Logo, se você aumentar os custos e as receitas se mantiverem constantes, o que ocorre com o lucro? Ele diminui. É por isso que as estratégias de investimentos tradicionais apresentam um custo elevado, fazendo com que o retorno do investidor tenha grande probabilidade de ficar “abaixo” do mercado.
Por exemplo: saberia dizer o que ocorreria com sua carteira de investimentos (aquela que tem no seu banco), caso a bolsa caísse mais de sessenta por cento em apenas cinco meses? Ou, se as taxas de juro subissem para vinte por cento? Ou se caíssem para valores negativos? E se a inflação chegasse aos cinco por cento? Saber o que fazer em diversos cenários é essencial para o sucesso do investidor no longo prazo. É por isso que é preciso saber o que fazer nestes momentos de pânico ou euforia, porque é neste momento que a maioria dos investidores perde muito dinheiro e os muito poucos investidores profissionais ganham.
Luís Lopes
Consultor Financeiro
Agente de seguros exclusivo MetLife
